A demora para decidir engravidar é uma importante mudança social que tem contribuído para um aumento na incidência de dificuldade na concepção.As mulheres nascem com um número aproximado de um milhão de óvulos. Esses óvulos estão em contínuo processo de diminuição, iniciado ainda na sua vida intra-uterina, mesmo antes da criança nascer. Na verdade, as mulheres têm cerca de cinco milhões de óvulos quando no útero de sua mãe. Todo mês uma pequena porcentagem desses óvulos são perdidos e, à medida que a mulher se aproxima dos 35 anos, a porcentagem de óvulos perdidos comparados com o número total aumenta.
Quando a mulher atinge os quarenta anos sua fertilidade declinou significantemente. Não somente o número total de óvulos diminui como também a qualidade dos restantes é pior. A menopausa marca o fim definitivo da vida reprodutiva da mulher. A idade média da menopausa é 51 anos.
No entanto, a menopausa pode ocorrer em qualquer idade, dependendo do número de óvulos que a mulher nasce com ou o quão rápido é essa perda.
Diferente dos espermatozóides, que são constantemente renovados (a cada 90 dias tem-se novos espermatozóides para serem ejaculados), os óvulos têm a mesma idade cronológica da mulher. Isso dá suporte, então, para que um óvulo com 35-40 anos possa ter acumulado mais danos devidos a mutações genéticas espontâneas ou exposição a substâncias químicas no ambiente, do que uma mulher com 20-25 anos. Enquanto mulheres mais velhas têm óvulos que parecem normais, esses têm anormalidades genéticas que limitam a chance de gravidez ou resultam num embrião anormal – que provavelmente será abortado.
O questionamento sobre o que determina o envelhecimento ovariano ainda continua. O fator ambiental que mais consistentemente é relatado é o fumo.
Fontes:
Dr. Alessandro Schuffner, publicado na Revista SOGIPA ano 24 - nº06 - abril/maio/junho - 2004
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