O LEGADO DASLU

O LEGADO DASLU SEGUE COM UMA NOVA MARCA:
CHEGOU A VEZ DASDOIDA!!


A butique Daslu e seus modelitos milionários inspiraram mais um projeto social com foco no mundo da moda. Depois das grifes Daspu (fundada por uma prostituta) e Daspre (voltada para presidiárias), chegou a vez de um grupo de pacientes psiquiátricos apresentar a Dasdoida – nome nada politicamente correto com que foi batizada a marca de roupas e acessórios desenvolvidos no Centro de Atenção Psicossocial Itapeva, em São Paulo.

A ideia surgiu há dois anos, quando a psiquiatra Julia Catunda e a terapeuta Marcia Pompermayer organizavam a “Parada do Orgulho Louco”. A passeata, quase um bloco de carnaval, sai às ruas em maio, mês da Luta Nacional Antimanicomial, com o objetivo de mostrar que os portadores de transtornos mentais podem levar uma vida normal.

Nas oficinas experimentais, que acontecem às segundas e quintas-feiras, os pacientes-fashionistas criam estampas, costuram, desenham croquis e desfilam suas próprias coleções. Destaque para as sessões de “esquisitização” – a forma como a turma da Dasdoida se refere à customização de suas roupas.

Foto: Daigo Oliva/G1
Os eufemismos só não valem quando o assunto é o nome da marca, do qual fazem parte portadores de transtorno mental severo e persistente - que inclui esquizofrênicos, bipolares e psicóticos.

“Nossa intenção não é fazer apologia da loucura e muito menos ser discriminatórios”, defende a terapeuta. “De perto ninguém é normal, todos estamos no mesmo barco. E, nesse sentido, a Dasdoida insere seus membros no mundo real, garantem que tenham seu espaço na sociedade”.
“Cada peça da Dasdoida é singular. Por isso o objetivo nem é vender em larga escala. Seguimos o ritmo dos usuários”, explica o filósofo Alessandro Faria Araújo, um dos voluntários da Dasdoida. “Por isso o número de ‘estilistas’ costuma variar bastante. Em algumas semanas temos dez pessoas, em outras vinte...”.

Veja o video da aparição na Novela:
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