em cúpula na Itália

A brasileira Mayara Tavares, 16 anos, teve o nome e a imagem circulando o mundo por um motivo que, no Brasil e envolvendo cidadãos comuns, não tem nada demais: uma simples olhadela para aquela parte da anatomia feminina que entre brasileiros já foi consagrada como preferência nacional. O diferente em relação a Mayara é que a olhadela foi disparada pelos presidentes americano, Barack Obama, e francês, Nicolas Sarkozy.
E uma polêmica entrou na pauta do mundo: eles, efetivamente, olharam para o traseiro da brasileira? O episódio ocorreu paralelamente aos encontros do G-8 e do G-5. Jovens de potências emergentes e dos países mais industrializados também se reuniram em L’Aquila, na Itália.
O chamado “Júnior 8” discute questões como pobreza e aquecimento global. Na quinta-feira, um representante de cada delegação teve a oportunidade de se encontrar com os líderes de seus países para uma fotografia.
Representante brasileira, a carioca Mayara estava à vontade ao lado do presidente Lula e entre outros líderes que, pelo jeito, notaram bastante sua presença. Mayara nunca havia saído do Rio de Janeiro, até que foi convidada pelo Unicef, que é o Fundo das Nações Unidas para a Infância. A missão: representar o Brasil – não exatamente da forma como, aos olhos do mundo, representou.
Surgiram algumas teses para explicar episódio
A foto de Obama e Sarkozy aparentemente olhando para a garota enquanto ela passava circulou o mundo e deixou a sensação de que seus olhares se dirigiam a ela. Outras teses surgiram depois, a partir da aparição de vídeos que mostravam a cena: eles estariam olhando para as placas do protocolo, que indica onde cada um vai sentar? Obama está, na verdade, ajudando uma outra jovem a não tropeçar nos degraus?
Moradora de Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, Mayara conquistou a tarefa de representar o Brasil em razão de uma pesquisa que começou há três anos para identificar problemas de jovens de comunidades carentes no Rio de Janeiro.
– Meu bairro é um bairro carente, pouco visto pelo poder público. É um bairro que não tem tráfico nenhum e que tem muitos jovens. É um bairro bom de morar, mas não para estudar, porque as escolas são longe demais. Ensino médio, principalmente, se você quiser estudar dentro deste bairro, tem de estudar à noite, como eu. Estudo à noite por não ter transporte durante o dia – diz ela.
Sua tendência ao trabalho solidário, segundo Mayara, é uma herança familiar. Começou com a avó dela, que desenvolvia um trabalho social com costureiras da comunidade. O pai continuou os trabalhos e serviu de inspiração para a garota.
– Eu queria ser igual a ele, ser referência dentro da comunidade – conta Mayara.
Por conta de outros atributos, pode ter chegado além do que imaginava.
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Fonte: oficinadamoda.com.br