A DIETA PERSONALIZADA

A DIETA PERSONALIZADA

Você já se perguntou por que algumas pessoas engordam mais do que outras seguindo a mesma dieta? A resposta pode estar no mapeamento genético.

A nutrogenômica, que é a ciência que estuda a nutrição em conjuntos com nossos genes, permite dizer desde cedo quais são os alimentos que causam alergia ao organismo, ou aqueles que se você insistir em comer, poderão levar ao desenvolvimento de diferentes doenças, de câncer até obesidade.

Conhecer cada peculiaridade individual da nutrição, até um tempo atrás, soava como utopia.
Um cardápio personalizado, que atenda exclusivamente às necessidades do organismo de cada indivíduo, de acordo com seu perfil genético, que reduza as chances de engordar e de desenvolver doenças crônicas. Isso pode parecer algo distante da realidade, mas não é impossível. Tudo depende do avanço dos estudos desenvolvidos em duas recentes linhas de pesquisa da nutrição: a nutrigenômica e a nutrigenética.

Isso explica, segundo a nutricionista, bioquímica e Mestre em Medicina Interna da UFPR Lucyanna Kalluf porque determinadas dietas não funcionam da mesma maneira para todos. "Cada indivíduo tem seus genes específicos, sua etnia, além de fatores de risco diferentes frente ao estilo de vida, ambiente, metabolismo e fisiologia. Uma pessoa com problemas gástricos, por exemplo, não absorve os mesmos nutrientes que quem não tem o problema. Outras têm alterações bioquímicas como colesterol alto, risco de cardiopatias, entre outras, que diferenciam o metabolismo e, com isso, necessitam de atenção personalizada", diz.

O nutrólogo Sérgio Puppin, Mestre da Associação Brasileira de Medicina Biomolecular, destaca que, na prática, por meio de mapeamento genético os médicos serão capazes de identificar a propensão de uma pessoa para desenvolver doenças crônicas e, assim, prescrever uma dieta capaz de protegê-la efetivamente, além de evitar o ganho de peso. "Descobrindo como os nutrientes atuam nas células e como os alimentos podem interagir com a composição genética individual, será possível reduzir risco de males como diabetes, obesidade, distúrbios cardiovasculares e até alguns tipos de câncer".

Sobre o fim das dietas populares, o gastroenterologista José Figueiredo Penteado opina: "Creio que elas sempre existirão, pois as pessoas tentem a procurar o caminho mais fácil", diz. "O conhecimento genético poderá auxiliar na prescrição da dieta, mas como qualquer outra, é necessário que a pessoa queira fazer e consiga seguir."

Descubra os alimentos que interferem nos gene
- A clorofila, além de dar cor verde aos vegetais, estimula produção de glóbulos vermelhos do sangue e diminui chances de câncer.

- Frutas e verduras reduzem risco de câncer de pulmão, estômago e próstata.

- Isoflavonas, compostos encontrados nos grãos de soja e ervilha, reduzem risco de tumores relacionados a hormônios - de mama, ovário e próstata - e protegem contra osteoporose.

- Sulforato, presente no brócolis, aumenta ação de genes vinculados à proteção contra agentes tóxicos.

- Nitratos, nitrosaminas e nitritos (usados no processo de salgar, conservar em vinagre e defumar alimentos) estão ligados ao câncer de estômago.

- Álcool e tabaco estão relacionados ao risco de câncer de boca, faringe, laringe e esôfago.

- Adoçantes poderiam aumentar o risco de tumor de bexiga (observado em estudos com ratos).

- Alimentos ricos em gordura estão relacionados a câncer de mama, próstata, cólon e endométrio.

- Alimentos defumados e fritos estão ligados a câncer de esôfago e estômago.

FONTE: saude.terra.com.br,clipping http://www.todamulher.com.br/