DÊ - CONFIANÇA
Muitas vezes nos perguntamos porque é que a confiança entre as pessoas diminuiu tão forte e violentamente. O que mudou? O mundo mudou, os valores que fazem o mundo mudaram. O mundo ficou mais inseguro, mais difícil e menos verdadeiro. Com as mudanças do mundo, os valores de nossas famílias mudaram e isso trouxe uma infinidade de novos problemas para o ser humano pois, uma coisa não mudou: a formação da personalidade do indivíduo como fruto de uma relação com a família. São as relações iniciais da vida com os pais que nos darão as primeiras noções de nossa própria importância e determinarão a forma como construímos nossa escala de valores.
A mulher entrou no mercado de trabalho e o homem se ressentiu mas, não elaborou a mudança. Ou seja, com isso, não houve adaptação, transformação. As mulheres continuaram sua luta e venceram. Os homens continuaram a ressentir-se sem entretanto, metabolizarem as mudanças. Isso fez com que o relacionamento entre marido e mulher ficasse mais voltado para a competição do que para a proposta de união e cumplicidade. Os relacionamentos dos pais com seus filhos sofreram a influência desses conflitos e mudanças. A ausência das mães fez-se notar. Hoje muitos especialistas apontam a ausência das mães como causa do aumento dos Transtornos de Personalidade na população em geral. Aumentaram os divórcios e também o isolamento das crianças que foram parar em creches e nas mãos das babás. Os contatos das mães com os filhos ficaram escassos e, por causa do stress e das exigências sociais, menos intensos.
Acontece que nossa tendência natural é confiar, porque nós aprendemos a confiar em nossos pais. É nesse momento, na relação inicial com os pais que se instala nossa capacidade de confiar. Se a coisa falha nesse período, o preço será pago por toda a vida. A desconfiança é um estado que resultou de um excesso de experiências traumáticas no inicio da vida. Confiar ou desconfiar não é um estado induzido por nossos próprios pensamentos nem por algum mecanismo ou maquinação nossa, mas sim pelas circunstâncias doloridas de uma infância ruim. Como essas situações são muito doloridas e deixam marcas difíceis de sumir acreditamos que ao não confiar, não seremos desapontados. Mas isso é um delírio. O pior, é que existe um grande número de pessoas que vivem assim. Não confiar nos deixa isolados, paranóicos e o que é pior, não crescemos, ficamos estacionados.
É muito agradável poder sentir confiança em alguém. Procure lembrar-se de uma situação em que você se relacionava com alguém em quem confiava. Se você viveu isso, deve saber como é bom. Sente-se uma espécie de segurança que não se pode descrever. Além disso, confiar é um componente essencial do amor. Quando não existe confiança nos relacionamentos, temos um estado de dependência que erradamente as pessoas chamam de amor. Amor não é dependência, apenas implica em alguma dependência. Confiar permite relaxar e absorver a tranqüilidade de estar diante de alguém que significa respeito, proteção, carinho, compreensão e contenção. Se o seu companheiro chega para você e faz uma critica e você reage como se ele tivesse fazendo um ataque então, não existe confiança entre vocês e você não acredita no amor dele. Confiar é poder sentir que a critica do outro (desde que ele seja saudável) tem objetivo de cuidar de você; ajudá-lo.
Mario Quilici, psicanalista, é um pesquisador independente e ativo do desenvolvimento infantil e de como os distúrbios do vínculo entre os Bebês e seus pais podem levar ao surgimento de psicopatologias na medida que impedem um adequado desenvolvimento emocional e conseqüentemente da personalidade. Desenvolve trabalho clínico com adultos, casais e famílias bem como com orientação de pais. Dedica-se também ao estudo de neuropsicologia e psiconeuroimunologia.
A mulher entrou no mercado de trabalho e o homem se ressentiu mas, não elaborou a mudança. Ou seja, com isso, não houve adaptação, transformação. As mulheres continuaram sua luta e venceram. Os homens continuaram a ressentir-se sem entretanto, metabolizarem as mudanças. Isso fez com que o relacionamento entre marido e mulher ficasse mais voltado para a competição do que para a proposta de união e cumplicidade. Os relacionamentos dos pais com seus filhos sofreram a influência desses conflitos e mudanças. A ausência das mães fez-se notar. Hoje muitos especialistas apontam a ausência das mães como causa do aumento dos Transtornos de Personalidade na população em geral. Aumentaram os divórcios e também o isolamento das crianças que foram parar em creches e nas mãos das babás. Os contatos das mães com os filhos ficaram escassos e, por causa do stress e das exigências sociais, menos intensos.
É muito agradável poder sentir confiança em alguém. Procure lembrar-se de uma situação em que você se relacionava com alguém em quem confiava. Se você viveu isso, deve saber como é bom. Sente-se uma espécie de segurança que não se pode descrever. Além disso, confiar é um componente essencial do amor. Quando não existe confiança nos relacionamentos, temos um estado de dependência que erradamente as pessoas chamam de amor. Amor não é dependência, apenas implica em alguma dependência. Confiar permite relaxar e absorver a tranqüilidade de estar diante de alguém que significa respeito, proteção, carinho, compreensão e contenção. Se o seu companheiro chega para você e faz uma critica e você reage como se ele tivesse fazendo um ataque então, não existe confiança entre vocês e você não acredita no amor dele. Confiar é poder sentir que a critica do outro (desde que ele seja saudável) tem objetivo de cuidar de você; ajudá-lo.
Mario Quilici, psicanalista, é um pesquisador independente e ativo do desenvolvimento infantil e de como os distúrbios do vínculo entre os Bebês e seus pais podem levar ao surgimento de psicopatologias na medida que impedem um adequado desenvolvimento emocional e conseqüentemente da personalidade. Desenvolve trabalho clínico com adultos, casais e famílias bem como com orientação de pais. Dedica-se também ao estudo de neuropsicologia e psiconeuroimunologia.
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